Relator-geral da comissão de juristas que foi criada para propôr mudanças (modernização) no Código de Penal, procurador regional da República Luiz Carlos Gonçalves, afirmou que não será colado em debate a descriminalização do aborto, ampliando apenas as hipótses em que não haverá punição de penas para as mulheres que vieram a se submeter à prática.
Em audiência pública no Senado convocada para analisar a relação da
insegurança da população com as atuais leis penais em vigor no Brasil,
Gonçalves disse que o debate na comissão está levando em consideração
experiências de tribunais de outros paÃses. "A proposta [em discussão]
não descriminaliza o aborto. O mantêm como crime, tendo em vista a
experiência de tribunais internacionais que entendem que o direito da
mãe e do feto são contemplados constitucionalmente, mas leva em
consideração a situação das mulheres que abortam", disse.
De acordo com o relator, a proposta em debate sugere, entre outros pontos, a descriminalização da antecipação do parto para fetos anencéfalos [sem partes do cérebro]. "Estamos propondo que não seja crime a antecipação do parto dos bebês que não tenham cérebro. Ninguém é a favor do aborto. A nossa discussão é saber em que medida quem o fizer será criminalizado. Não deliberamos nesse sentido, mas ampliamos as hipóteses em que não haverá sanções para quem fizer o aborto".
Gonçalves disse ainda que a proposta altera questões legais relacionadas ao crime de estupro, como a diferenciação entre estupro anal, vaginal e oral. A ideia é aumentar a pena de quem comete mais de um tipo de estupro. "Hoje, não há diferenciação".
De acordo com o relator, a proposta em debate sugere, entre outros pontos, a descriminalização da antecipação do parto para fetos anencéfalos [sem partes do cérebro]. "Estamos propondo que não seja crime a antecipação do parto dos bebês que não tenham cérebro. Ninguém é a favor do aborto. A nossa discussão é saber em que medida quem o fizer será criminalizado. Não deliberamos nesse sentido, mas ampliamos as hipóteses em que não haverá sanções para quem fizer o aborto".
Gonçalves disse ainda que a proposta altera questões legais relacionadas ao crime de estupro, como a diferenciação entre estupro anal, vaginal e oral. A ideia é aumentar a pena de quem comete mais de um tipo de estupro. "Hoje, não há diferenciação".
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