domingo, 8 de abril de 2012

PRECARIZAÇÃO: Números alarmantes sobre terceirizações preocupam senadores









É preocupante o número de terceirizados que se acidentam no Brasil, sendo que em cada cinco mortes por acidente de trabalho, quatro estão relacionados a este tipo de trabalhador, ou seja, empregados de empresas prestadoras de serviço.  É o que foi destacado em reunião pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado.

Este número alarmante foi apresentado pelo presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Sebastião Vieira Caixeta.  Devendo destacar que em cada 10 acidentados, 8 ocorrem em empresas que utilizam mão de obra terceirizada. Representante da CUT, Miguel Pereira, afirmou que, em média, 27% do que recebe o trabalhador contratado diretamente pela instituição. E mais: 50% do setor não contribui para a previdência.

O que se tem observado é o fato de que a terceirização no Brasil torna precário o vínculo empregatício, além de inferiorizar, do ponto de vista social, o empregado – sem falar da imposição de jornadas de trabalho exaustivas. Afirmou Caixeta.

Para a Federação Nacional das Empresas de Limpeza Ambiental, o que é mais preocupante no momento é a “irresponsabilidade de administradores públicos”, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, que terceirizam o trabalho e não fazem o pagamento em dia para as empresas.

O que ficou evidenciado nos debates que foram travados é que a terceirização deve ser regida por legislação mais eficiente, com segurança jurídica para o trabalhador e para a empresa, e com integral respeito ao que dispõe a Constituição Federal na garantia dos direitos fundamentais da pessoa humana.
É preciso priorizar a vida; respeitar as diferenças de identidade e igualdade dos trabalhadores; garantir o direito à sindicalização; fiscalizar o cumprimento da responsabilidade solidária das empresas em relação aos direitos trabalhistas; e penalizar as empresas infratoras, estabeleceu Pereira. 

“Calote oficial” foi o que disse o presidente da Federação Interestadual de Vigilantes (FITV), Vicente Lourenço de Oliveira, esclarecendo que a legislação atual tem favorecido este expediente, patrocinado pelas empresas terceirizadas. Em sua opinião, além de aperfeiçoar a legislação, é preciso conscientizar os setores empresariais para melhorar as condições de trabalho do empregado terceirizado.

Leonardo de Souza Dutra

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